Tuesday, January 23, 2007

EDP quer um terço do negócio das renováveis a partir dos Estados Unidos

Os planos da EDP apontam para que o mercado norte-americano venha a representar no médio prazo cerca de um terço do negócio das energias renováveis, segundo avançou a administradora da eléctrica com este pelouro, Ana Maria Fernandes.

Os planos da EDP apontam para que o mercado norte-americano venha a representar no médio prazo cerca de um terço do negócio das energias renováveis, segundo avançou a administradora da eléctrica com este pelouro, Ana Maria Fernandes.

Estas são as estimativas iniciais da eléctrica, que ainda não tem fechado o "business plan" para aquele mercado. A EDP tem neste momento uma equipa nos Estados Unidos a ultimar os estudos sobre o potencial dos EUA.

Sem querer concretizar, a responsável afirmou que "é muito provável que alguma coisa vá acontecer brevemente". A estratégia da EDP para a promoção de energia eólica nos Estados Unidos vai passar pelo estabelecimento de parcerias com "players" locais.

"A nossa preferência é por parceiros que tenham já alguns parques eólicos em produção de modo a darem provas que percebem do negócio mas que também tenham ‘portfolio’ em desenvolvimento que permita um maior envolvimento e controlo da nossa parte", disse a administradora da EDP, esta manhã à margem da apresentação do estudo sobre o mercado europeu da energia realizado pelo Eurogroup.

Ana Maria Fernandes justificou o interesse da EDP pelos Estados Unidos com o potencial daquele mercado, sendo que o presidente norte-americano fixou um objectivo de 320 mil mega watts (MW) e os Estados Unidos têm hoje pouco mais de 1000 MW em produção – nos EUA é esperado um crescimento anual médio superior a 25%.

"Os Estados Unidos estão hoje na energia eólica como Espanha estava no início dos anos 90", comparou a administradora da EDP.

Para a EDP, que estabeleceu, em Julho, no plano estratégico da empresa, o objectivo de estar no top 5 mundial, a estratégia de crescimento tem de passar por novos mercados com grandes taxas de crescimento. A par dos Estados Unidos, a eléctrica presidida por António Mexia continua a olhar para a Europa. Ainda ontem a empresa anunciou a expansão da sua actividade de promoção eólica para a Bélgica, expansão que será feita através da subsidiária Green Wind, em que detém uma participação de 70% em parceria com investidores locais, que detêm os restantes 30%.

"Acreditamos que na França e na Bélgica não vamos ficar por aqui", disse Ana Maria Fernandes

A administradora da EDP remeteu outros esclarecimentos, nomeadamente a nível de investimentos, para a próxima segunda-feira, dia em a empresa vai apresentar o seu "business plan".



Por: Tânia Ferreira
Jornal de Negócios

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