Pois é... quando inicei as 1ºas palavras para um possivel livro, tive imensa dificuldade... não é nada facil!!!!!!!!! Experimentem!!! Dai que surgiu a ideia de pôr no papel o que senti, o que vivi, numa fase da minha vida muito importante... o meu 1º emorego!!!
Sempre que tiver novas palavras irei coloca-las aqui... beijo!
Lições de VIDA I
O Início…
Aos vinte e dois anos de idade iniciei uma experiência profissional marcante, da qual jamais esquecerei.
No dia 16 de Setembro de 1999, comecei a trabalhar. Meu 1º emprego após terminar o curso! Nunca tinha trabalhado numa Instituição de Solidariedade Social, era um desafio!
A Instituição abrangia lar de jovens e crianças, Unidades de emergência e centro de acolhimento, distinções que para mim até aí, não faziam qualquer diferença…
Comecei a trabalhar com crianças e jovens, só rapazes, desde os 5 aos 22 anos de idade (alguns com pouco mais de 22…), ajudava-os nas horas de estudo, na sua higiene oral, na hora de almoço, na sua relação com os outros – a socializarem-se! Muitos tinham dificuldade em se inserir, na escola, ou até na instituição – nomeadamente os que entravam para unidade de emergência… esses tinham um olhar fechado, marcante, triste, que nunca esquecerei! Eram desconfiados, frios, mantinham essa postura como auto defesa!
Eu era responsável, a nível pedagógico (escolar e educacional), por um grupo de 18 elementos. Assumia o papel de mãe, educadora, tutora… e amiga! Consegui conquistá-los (irão perceber isso mas próximas paginas)!
Foi difícil para mim… muito difícil! O meu estágio tinha sido numa Escola Secundária, nos serviços de Acção Social… O trabalho desenvolvido era diferente da realidade com que me deparava!
Comecei a observar, e o mais importante de tudo, era estar presente, sempre presente, pois só assim poderia ganhar a confiança deles. E ganhei... Tornei-me a confidente, a irmã mais velha, aquela a quem procuravam à espera de conselhos, de orientação para os problemas que não tinham coragem de discutir com os directos, os psicólogos...
Com base nesta relação de confiança, organizámos passeios a praias, idas ao cinema, sessões temáticas – debates, conferências, sobre assuntos que lhes despertava curiosidade.
Por outro lado, aos fins-de-semana, havia uma lista de rapazes, autorizada para saírem, organizada pelo Director responsável, com algumas indicações especiais quanto a cada um deles.
Chorei, ri com eles, acompanhei-os nas doenças, nas alegrias, nas tristezas, nos acidentes… na morte de familiares e em todos os problemas comuns de crianças e jovens adolescentes. Actualmente, muitos daqueles que acompanhei alcançaram a maioridade, alguns saíram da Instituição, outros, mesmo com maioridade ainda lá estão… até casarem, e construírem a sua família!
Nunca esperei qualquer recompensa da parte destes miúdos, – dos meus meninos, como ainda hoje, os chamo – a não ser a confiança deles tão difícil de obter. Mas, o curioso é que ainda hoje, passados 7 anos, mantenho contacto com alguns dos funcionários da Instituição e sempre que os encontro, trocamos as nossas impressões sobre os miúdos.
Se me perguntarem porque é que sai? Respondo sem medo nem vergonha de parecer egoísta: para me sentir bem, por medo e para os ajudar! Isto porquê??? Para os ajudar, tinha de contar com a minha presença, tinha de estar alerta os meus ouvidos, atenta às minhas palavras, à minha postura, à minha experiência de vida… e não senti que estivesse preparada para dar o meu máximo! Para os ajudar…
Fez-me sentir muito bem trabalhar com eles, aprendi muito, mas imaginar que a minha contribuição poderia ainda hoje ter repercussões, era uma preocupação, uma responsabilidade… Uma tarefa de educação parental.
Cresci como pessoa, como ser humano e hoje reconheço que não prestei um mau “serviço”, pelo contrário! Sei que consegui coisas fantásticas, por caminhos difíceis, turbulentos, com muitas pedras no caminho… mas as metas que me propus a alcançar consegui!!!
De seguida, vou tentar relatar da forma mais clara possível alguns episódios marcantes… conquistas e derrotas… espera que gostem!
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